sábado, novembro 13, 2010

Resenha Detalhada - Dragões de Éter: Caçadores de Bruxas

Digam aí, cafeinados.
Aqui estou eu, Ariel Ayres, vindo postar o nosso primeiro post real, afinal, o outro foi só um de "Boas-Vindas".
Como dissemos, nosso blog terá várias coisas relacionadas a literatura em geral. E uma dessas coisas são resenhas.
Resenharemos sobre os livros que temos em nossos domínios para, com isso, ajudar vocês a decidirem em qual gastar dinheiro.
Mas que fique bem claro: São nossas opiniões e não devem sobrepor o gosto de vocês. As resenhas são apenas para ajudar e não definir quais livros vocês compram ou não, tá certo?
Um ponto necessários de ser destacado é o fato de que haverá dois tipos de resenhas aqui no blog: As Detalhadas e as Básicas. As Detalhadas serão mais... "detalhadas". Serão as maiores resenhas e tentarão tratar de todos os pontos do livro. Enquanto que as Básicas serão menores e darão apenas uma visão geral do livro em questão.

Com todas essas especificações em mente, podemos prosseguir com nossa primeira resenha...


Dragões de Éter - Caçadores de Bruxas

Nova Ether é uma terra fantástica. Um mundo dominado por piratas, fadas, bruxas, Reis com erres maiúsculos, Dragões, lobos famintos e garotinhas de gorros pintados por um vermelho arterial.
O eixo principal da trama é formado por várias histórias que funcionam como ramificações da mesma. Cada uma dessas... “subtramas”, digamos assim, se cruzam em momentos distintos, ora casuais, ora importantes.
Um Rei perfeito com 20 anos de reinado impecável e uma rainha-fada que se absteve da imortalidade pelo amor; um príncipe que viaja até as Sete Montanhas à procura do irmão desaparecido; uma menina que presenciou a avó sendo devorada descobrindo ser muito mais especial do que imaginava. Essas e muitas outras histórias sustentam o eixo principal: A Caçada de Bruxas.
Ah, sim, a Caçada de Bruxas.

O meu objetivo principal era fazer uma resenha para toda a trilogia de Dragões de Éter, mas notei que era uma imbecilidade... era uma imbecilidade por inteiro.
Afinal, uma história desta magnitude não pode ser criticada em apenas um post.
Na verdade, uma história desta magnitude não pode ser criticada nem em três posts.
Mas é isso que temos.

Dragões de Éter, como já foi dito, é uma trilogia. Os livros que a compõe são, em ordem: “Caçadores de Bruxas”, “Corações de Neve” e “Círculos de Chuva”. Escrita por Raphael Draccon, a trilogia é adorada pelos leitores e pela crítica e consegue, ao mesmo tempo em que diverte e impressiona, ensinar, o que considero importantíssimo.
Mas estou falando do geral, vamos voltar ao foco.
O Caçadores de Bruxas.
Ah, sim, os Caçadores.
Acompanhem-me e podemos começar esta resenha.
E um. E dois.

E três.

E um lobo lhe devorou a avó”.
Bem, é com esta frase memorável que o primeiro livro da série Dragões de Éter começa.
Logo de cara nós percebemos a proposta ousada do escritor: Recontar os famosos contos da carochinha, ou como quer que você os chame. O fato é que Raphael Draccon nos faz voltar a nossa infância e revisitar aquelas historinhas com um fundo obscuro que nossas mães nos contavam antes de irmos dormir. Chapeuzinho Vermelho, James Gancho, Branca de Neve e os sete anões, A Bela e a Fera e tantos outros que conhecemos de cor e salteado são juntados no mundo de Nova Ether. O mais interessante de tudo é que ele esclarece questões que nem todos tiveram a ousadia de questionar, como, por exemplo, “qual é o nome dessa garota inconsequente de chapéu vermelho?”

“- Eu seria o que, mãe? Repete...”
Sentimento.
Acho que esta é uma palavra que define bem a narrativa inteligente de Raphael Draccon. Eu, como escritor, digo sempre e repito: O maior obstáculo de um escritor é poder despertar sentimentos nos leitores, ainda mais com palavras. E o autor de Dragões de Éter o faz com maestria.
Acho que já perdi as contas de quantas vezes eu me arrepiei ao ler as frases impactantes quebradas em várias linhas características dele.
E isso não acontece apenas no Caçadores de Bruxas, mas os outros eu irei resenhar em outras ocasiões.

- Eles vieram atrás de quem, então? [...]
   ‘De uma bruxa’ ”
O foco principal do primeiro livro é o retorno das bruxas, mesmo depois da clássica Caçada de Bruxas. Primo Branford, O Maior de Todos os Reis, liderou o massacre a todas as praticantes da terrível magia negra, mas, 20 anos após ser consagrado Rei de Arzallum, Nova Ether se encontra em um momento de desespero. Duas sociedades secretas se enfrentam e as bruxas parecem retornar. Será preciso pulso firme para conseguir enfrentar tudo de cabeça erguida.
Primo Branford nem imagina o que o Destino guardou para ele.
Ah, sim, com certeza isso ele não espera.

Diferindo bastante dos dois livros que o sucedem, Caçadores de Bruxas mantém uma narrativa mais acessível e que se utiliza bastante da relação Narrador-Leitor para fazer suas tão extensas – e necessárias, vale frisar – explicações do mundo de Nova Ether. Uma relação amigável e até divertida em vários aspectos. O que é um ponto positivo.
E negativo.
Não dá para agradar gregos e troianos”, todos conhecem essa máxima, e, mais uma vez, ela prova estar correta.
Em Caçadores de Bruxas, este artifício é demasiadamente utilizado, podendo afastar o leitor mais impaciente e mais acostumado com livros como os da série “Percy Jackson”, onde tais explicações do universo que contorna os personagens principais tomam, no máximo, dois parágrafos.
Em Dragões de Éter eles podem tomar três páginas.
Mas, como eu disse, também há pontos positivos.
Eu sinto como se o narrador estivesse ao meu lado, contando a história para mim”, é o que diz uma das fãs desse tão adorado escritor. O que causa essa sensação de aproximação é o tipo de narrativa utilizada no primeiro livro. Uma narrativa que tem raízes nos famosos – no mundo de Nova Ether – bardos, os contadores de histórias que se encontram aos montes nas tabernas de Andreanne.
Afinal, se converso com você é apenas porque é igual a mim”
Outro ponto interessante é a construção dos personagens.
De novo retorno ao fato d’eu ser um escritor e digo: Construir os personagens é difícil, mas Raphael Draccon o faz, novamente, com maestria.
De forma sublime é notável como os personagens vão crescendo durante a trama. Sentimentos complexos e reais dominam as linhas do livro.
Uma garota curiosa descobrindo o mundo a sua volta; um adolescente que tem ciúmes da própria irmã; uma garota que descobre o que é amar; um príncipe jovem diante de decisões terríveis que a vida nos faz tomar; um Rei que nota que toda sua vida pode ter sido construída a partir de erros grotescos e insuperáveis, “maldito poço sem fundo”. Cada um desses personagens, além dos outros, é claro, tem suas próprias características e, com suas escolhas durante a trama, fazem jus ao que são.
Mais um ponto para Raphael Draccon.

Um fato, nem positivo, nem negativo, que merece ser destacado é a questão do peso emocional que o primeiro livro carrega.
O que o leitor deve ter em mente é que Caçadores de Bruxas narra um momento de tensão pelo qual Nova Ether passa, logo, como deveria acontecer em todos os livros, a narrativa carrega-se deste sentimento de insegurança e medo. As pessoas que se impressionam muito fácil e que tem mais “sensibilidade” a este tipo de coisa precisam ir com calma na leitura, pois é bastante pesada a narrativa.

Em resumo, vos digo: O livro é fantástico. Raphael Draccon tem um dom maravilhoso que é perfeitamente utilizado na narrativa deste livro. A história é muito bem construída e é apresentada de maneira convincente. Os personagens são verossímeis e muitas pessoas podem se identificar com eles (como foi meu caso).

Caçadores de Bruxas é compra obrigatória e merece estar na prateleira de qualquer leitor que se julgue adorador de livros de fantasia. Na verdade até os que acham não gostar se impressionarão com a narrativa maravilhosa.
Raphael Draccon é um tocado.
Ah, sim, isso com certeza ele é.

Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas - Raphael Draccon
         Editora: Leya
Nota final: 10,0
             Escolha do Blogueiro

4 comentários:

  1. Aí seu merda, aqui é "hamburguer"...colé..XD
    cara..li o livro..."perfeito"!

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  2. a propósito..de lenhá o blog! ;D...aí...sem modestia, na moral. XD

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  3. Ariel, o Draccon colocou sua resenha no blog dele. Será q o Dan Brown coloca a minha no site dele tbm? kkkkkk XD

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  4. HEHAUEHAEAEUAHEAUEHAUEHAUE

    Cara, é só entrar em contato com o ser escritor, quem sabe ele não curte sua resenha??
    Nada que um Google Tradutor não resolva, né?

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